Foi o poeta mais louco
da sua geração
Dava volta à censura
com loucura e imaginação
Vinte cinco anos então passaram
Dessa partida sem volta
Do génio estraviado, mas genial
Maluco, odiado e amado
De louco tinha os genes
Da alma saia poesia depravada
Assim dizia as palavras loucas
Era um poeta como a trovoada
Deixou cavalos a solta
Com os cornos da desgraça
Tinha choques e capotes
E fazia da tristeza graça
E até o inteligente
Este poeta louvou
Deixou obra escrita e canções geniais
Poetas assim nao aparecem já mais
Oh Ary onde é que estás oh meu
Estarás de certeza a declamar
Estás no inferno com certeza
Pois nunca te chegaram a castrar
Como é a night no inferno
é tão bom como o pintam
E se é verdade que lá há gajas boas
Ou só de admirar um homem fica torrado
Luís Pragana
10-03-2010