Somos todos iguais
Foi que nos ensinaram em pequenos
Crescemos ouvindo esta retórica
Havendo uns mais iguais que outros nunca percebemos
Só que os pequenos cresceram
Ou onde andas igualdade
Uns enchem bem a barriga
Outros andam na mendicidade
Porque meu deus? Porque?
Para que serve a pobreza
Sei que querendo tu podias
Por comida em qualquer mesa
Como podemos acreditar num Deus
Que pactua nesta desigualdade
E que toda a vida ouvi
Ser Sr. da fartura e da felicidade
Esse sim na nossa mente
Sempre foi um Deus bondoso
Ajudando tanto o pobre
Como o ser todo-poderoso
Mas infelizmente não é
As desigualdades cada vez são mais
Com tanta miséria no mundo
Não queremos esse Deus nunca jamais
O mundo já está muito viciado
Só assim se pode compreender
Que 40% são tão ricos
E os outros a pobreza acaba por os absorver
LUÍS PRAGANA
17-12-2009
Sei que um dia quem sabe
Não será breve talvez
Estas palavras escritas por mim
Sejam editadas em português
Não passo de um sonhador
Mas quem não sonha não vive
Só que eu como escrivão
Penso naquilo que nunca tive
Sonhar faz parte da vida
Que seria da nossa vida sem sonhos
Sonhar dá alento e energia
Mas por vezes são enfadonhos
Já sonhei com imensas coisas
Algumas já realizei
Mas o tempo vai passando
E tenho alguns que nunca concretizei
Só que passo a vida a sonhar
A mente leva a minha ilusão
Ando sempre a navegar
Sinto que o sonho me dá razão
Vou emergindo nos sonhos
E levo a minha imaginação
Um dia sei que alguém
Me vai arranjar uma solução
Se não se realizar este meu sonho
Não faz mal, talvez na próxima vida
Quem sabe porque não
O sonho comanda a vida e fico com esta ilusão
Luís Pragana
24-11-2009
Só existe um, mas as crenças
não param de crescer
E aqueles que o mataram
Vêm agora o defender
As religiões actuam
Como de máfia se tratassem
Quem entra já não sai
Só se pensar em matar- se
As religiões mesmo a católica
São autênticas máquinas de ganhar
Têm lucros fabulosos
Dos crentes que continuam a sugar
O fanatismo religioso
Vem nos mostrando ao longo dos séculos
Que para manter a sua crença
Tudo têm feito para a preservar
Em nome de Cristo fizeram-se torturas
Já houve massacres e holocaustos
Fogueiras e prisões
E Deus começa a estar farto destas loucuras
Quando eu era um miúdo
Tinha até medo de crescer
Para os padres brincar era pecado
Se não fossemos bonzinhos para o inferno íamos ter
Mas com o passar do tempo
Comecei a entender
Que a final o inferno
Era como se fossemos obrigados a crescer
É por isso que os crentes
Se foram pouco a pouco afastando
Por culpa da hipocrisia da igreja
Que ao longo dos tempos nos foram ensinando
Afinal o nosso Deus
Não será assim tão virtuoso
Apregoando o amor
Quando ele também é defeituoso
Se queria que todos os seres
Vivessem em comunhão
Porque mandou tantos com defeitos
Só para criar confusão
Porque não arranja uma máquina
Agora que o mundo esta electrizado
Manda regressar os defeituosos
Para os reprogramar e ficarem mais actualizados
Já se passaram milhares de anos
Nem tudo saiu na perfeição
Mas agora esta tudo a piorar
Faz falta outra humanização
Falam da bíblia como se fosse perfeita
Mas ela foi feita pelos homens
Cada um conta à sua maneira
Acreditar nela cegamente é uma asneira
Luís Pragana
07-11-2009
Era uma vez um Coelho
Que andava em busca da pegada
Ia dando uns passinhos
Com o povo não se importava
Mas ele anda por ai
Passo a passo continua a marcar
De trabalho não quer nem saber
Só a constituição parece interessar
Oh como o tempo é hipócrita
E o Passos não tem solução
Para os problemas do país
Com ele só mudando a constituição
Não serão estes os Passos que o levam lá
Senão der rumo à pegada
Nem todos os Passos chegarão
Para o safar desta argolada
Com este Sr. Dos Passos
Não chegamos a lado nenhum
Nem com todos os Coelhos do mundo
Convencerão um cidadão comum
Já foi tempo que o cidadão
Acreditava em milagres
E não é este Coelho dos Passos
Que vai passar por cá e deixar saudades
Luís Pragana
21-09-2010
As Torres Gémeas
O mundo não esqueceu
As vitimas que faleceram
Hoje esse lugar é sagrado
Mas as mentalidades ainda tremeram
Os mortos já cá não vêm
A memória está viva, não desapareceu
As torres evaporaram-se
Mas o local prevaleceu
Esta tragédia enorme
Jamais se esquecerá
E ao assinalar a data
as vitimas andam por lá
É dia de orações
A América parou a orar
Não esquecendo as vitimas
O sítio está lá para recordar
Mas o terrorismo continua activo
O mundo não pode esquecer
Porque a todo e a qualquer momento
Outra tragédia pode acontecer
A todos os que faleceram Paz à sua alma
Luís Pragana
11-09-2010