Segunda-feira, 22 de Junho de 2009
A SÉ DA GUARDA
INCOMODA OS AUTOMOBILISTAS
Depois de muito matutar e pensar
Para resolver este dilema
Cheguei à conclusão que o Lago da Sé
Sem estacionamento é uma pena
Pensei ponderei, massacrei o cérebro
Até que por fim vi a luz
Porque não deslocalizar a Sé
Resolviam o problema dos automóveis e de quem os conduz
Só assim se podia realizar
O desejo dos comodistas que o carro querem mostrar
Davam férias ao D. Sancho
Porque estes senhores andam a irritar
O Largo fica mais aberto
Com um bom lugar para estacionar
Arranjam também uns pontos de água
Para estes senhores porem estes carros a brilhar
Assim os comodistas ficam contentes
E outros eventos podiam organizar
Como fazer a limpeza do Largo
Os cidadãos iam adorar
Senhor presidente do Igespar
Debruce-se neste problema
Livre a praça velha da Sé
Trate pois de repensar este problema
Luís Pragana
22-06-2009
TEMPO SEM TEMPO
Estou à frente do meu tempo
Estarei a alucinar
No meu momento o tempo
Vagueia ao luar
Neste tempo estou sem tempo
Mas a exaustão do momento
O discernimento do tempo
O momento está sem tempo
É na galáxia do tempo
No tempo sem sofrimento
E no momento que o tempo
Se esgota a qualquer momento
No tempo que o tempo tinha
Agora o tempo não tem
O tempo limita o tempo
Não tem tempo mais além
Procuro dentro do tempo
O tempo só tempo tem
Mas o tempo deste tempo
Pois o tempo esgota também
Mas o tempo tempo passa
O momento passa também
Porque o tempo esgota o tempo
Num futuro que o tempo não tem
Luís Pragana
22-06-2009
QUE SAUDADES
Convidaram-me para uma festa
Até vim de lá irritado
Eram tantas as misturas
Que fiquei agoniado
Tenho uma mente avançada
Mas custa muito a habituar
Quando alguém de nossa casa, casa
Leva já um membro para acompanhar
Mas que grande confusão
Parecia uma salada russa
Filhos de pais diferentes
Gente muito confusa
Uns são filhos do pai
Outros são filhos da mãe
Vivem todos em conjunto
Sem saberem quem é quem
Fiquei até com saudades
Do tempo que eram todos irmãos
Filhos do mesmo casal
Não era esta confusão
Mas os tempos mudaram
É a época do casa descasa
E como esta moda pegou
Ninguém sabe quem vai dormir lá a casa.
Luís Pragana
22-06-2009
Segunda-feira, 1 de Junho de 2009

A ÁRVORE DOS MILHÕES
Estava com os azeites
Começou a deitar fora
Do interior da oliveira
Foi saindo muita jorra
O tempo já ia longo
Tiveram que a aguentar
E o azeite soltava-se
Teimava em não secar
Foi alagando o lugar
Jorrava de tal maneira
Que num loureiro acabou
Por se entranhar
Este fio de azeite peganhoso
De oliveiras já velhas
Agarraram-se ao loureiro
Que foi ficando com as folhas amarelas
O loureiro bem tratado
Num terreno bem cuidado
Mas as galhas da oliveira
Apanharam-no já está contaminado
Robusto como é
Os ramos tenta sacudir
A oliveira peganhenta
Que teima em o consumir
Luís Pragana
01-06-2009

