Terça-feira, 31 de Março de 2009
A MINHA CIDADE
PORTAS DEL REI, AV. DO TORREÃO
E R. TENENTE VALADIM
Aos poucos vai ficando desfigurada
Há quem consiga fazer obras
Deixando a antiga muralha tapada
O que faz o IPPAR nestes casos para que serve?
Será que estão surdos cegos e mudos?
Ou só contam as obras fora das muralhas?
E a Câmara Municipal
Tem que velar pelo património
Ou esta casa junto ás Portas del Rei
É de algum senhor com pseudónimo.
Gostava que alguém me informasse
Como é possível na cidade junto ás muralhas
Aprovar obras que tapam
A visibilidade das mesmas.
Até se fazem, paredes novas em pedra
Para fora das muralhas acrescentar
Será conforme o dinheiro
Ou os conhecimentos no IPPAR?
A Guarda tem que cuidar do seu património
Não podem ser só alguns a usufruir
Mas o poder do dinheiro tem-se sobreposto
O património é a nossa história não se pode continuar a denegrir
Senão cuidarmos do nosso passado
Como poderemos enfrentar no futuro
Luís Pragana
31-03-09
Segunda-feira, 9 de Março de 2009
CRIMES CONTRA O PATRIMÓNIO
A CALÇADA ROMANA
A nossa querida cidade
Continua a ser descaracterizada
Vai perdendo pontos de referência
E a geração a que pertenço está a ficar desenquadrada
O mal vem de quem tem governado a cidade
Pois esta lá para ganhar o ordenado
Se tivessem vivências de infância
O património da cidade não estaria tão danificado
A cidade tudo vai perdendo
Está a ficar a leste da história
Deixando delapidar o património
Algum só já resta em memória
Poucos hoje se recordarão da calçada romana da Senhora dos Remédios
Estava bem conservada
Estendia-se por uma vasta extensão
Hoje dessa calçada já não resta nada
Deixaram lá meia dúzia de pedras
Que a quem nasceu na cidade não dizem nada
Podiam ter ao menos posto uma placa de informação
Dizendo que da calçada romana era o que restava
Recordo com saudade essa calçada romana
Porque sou um dos que ainda lá brincaram
Sentíamos ainda o espírito
Dos romanos e outros povos que por ali passaram
Luís Pragana
18-02-2009
FALAR DA CRISE
Só deveria falar deste assunto
Todos aqueles que por ele passam
E não os senhores que não sabem o que é a crise pois nunca a sofreram
Não estão a par de como estas coisas se passam
Haverá muito boa gente
Que jamais a vai enfrentar
Porque o ordenadinho cai ao fim do mês
E nem dão conta dele chegar
A crise é enfrentada
Por todos os que têm que trabalhar
E que têm que levar comida e dinheiro para casa
Esses sim estão aptos a dela falar
Muitos dos que estão no poder
Jamais terão oportunidade de enfrentar
É bom falar de barriguinha cheia
Não sabem o que é andar a penar
Quem tem que pagar as contas
Sem ordenado receber
Faz todos os dias ginástica
Para poder comprar o comer
Andam em busca de trabalho
A qualquer preço o vão fazer
Mas alguns aproveitam-se e não pagam
Começam a enlouquecer
Aqueles que esbanjam o dinheiro
Porque sabem que nunca vai faltar
Não têm moral para nos vir dizer
Para termos fé que isto ainda vai mudar
Ó palavras tão belas
Mas não se podem comer
Porque sem dinheiro ninguém fia
E o pessoal já nem sabe o que há-de fazer
Luís Pragana
09-03-2009
OS FINOS DESTE PAÍS
Este protesto é em nome de todo os cidadãos
Que contraíram empréstimo à C.G. Depósitos
E que não compreendem esta atitude
Do senhor Faria de Oliveira andar a dar dinheiro a que propósito
Como é que um banco do estado
Que dizem ser de todos nós pode assim funcionar
Se dessem assim dinheiro ao cidadão comum que paga os impostos
Também eles os juros não deixariam de pagar
O senhor ministro das finanças
Que deu ordem para o cidadão descapitalizar
Tem andado preocupado em sacar tostões
Façam pagar estes figurões que nos têm andado a roubar
Se ao comum do cidadão sem garantias
Nem um euro vão financiar
Dão aos manueis finos do país milhões
Para na roleta se entreterem a jogar
Estes administradores têm que ser responsabilizados
Se deram dinheiro a este senhor que é fino
E dizem que foi melhor negócio a Caixa Geral Depósitos
Nem sequer lhe deviam ter emprestado sem garantias
Dizem os sábios que a Caixa
É o banco de todos os portugueses
Mas são os manueis finos
Que gozam o dinheiro mais vezes
Estes senhores que gozam do conforto dos gabinetes
Nem sabem sequer o valor do dinheiro
Têm um ordenado ao fim do mês
Têm obrigação de rentabilizar o nosso dinheiro
Afinal o senhor primeiro-ministro sempre tem razão
Quando falou da taxa Robin dos Bosques
Pensei que tirava aos ricos para dar aos pobres
Deram ao senhor Manuel fino 62 milhões por ao longo da vida ter ajudado os pobres
Agora sim percebo porque a Caixa saca os 13 euros por mês
Quando a conta está a descoberto
Saca aos desgraçados com dificuldades
Para oferecer ao xico esperto
Luís Pragana
09-03-2009