Terça-feira, 28 de Outubro de 2008
UM CIDADÃO ATENTO
Como cidadão que sou
Gosto de criticar
Tudo o que vejo mal feito
Para as pessoas alertar
Sempre que ando na rua
É vê-los a passear
Esta na moda ter um cão
O difícil é dele cuidar
Alguns têm animais pequenos
E tem já cuidado com o cão
Sempre que à rua vão
Já apanham a merda do chão
Outros há que até gozam
Com a merda que o cão faz
Sentem um certo prazer
De deixar a merda para trás
São cães que só podem andar açaimados
Mas os donos não ligam não
Para assim persuadirem
Quem lhes chamar a atenção
O pobre do animal não tem culpa
Está assim habituado
Ao dono deviam-lhe mergulhar o focinho
Para aprender a ter mais cuidado
É apenas uma questão de educação
Saber educar o cão
Levar o animal a passear
E apanhar a merda do chão
Luís Pragana
28-10-2008
O CENTENÁRIO
DO POETA DA URZE
Miguel Torga faz cem anos
O centenário foi comemorado
Em Coimbra cidade que o acolheu
Um monumento foi inaugurado
Esta cidade que o acolheu
Presta-lhe hoje homenagem
Ao inaugurar o museu
Para lhe prestar vassalagem
Foi poeta escritor
Homem comum e doutor
Mas amava a sua terra
Sentia-se até lavrador
Perseguido pelo regime
Salvou vidas e escreveu
Mas os intelectuais de então
Nunca ele os entendeu
Faz parte do clube dos grandes
Será sempre um poeta rejuvenescido
É parte da cultura deste povo
Jamais será esquecido
Luís Pragana
12-07-08
NÃO PARES DE ESCREVER
Conheci um dia um homem
A quem dei umas quadras a ler
Disse-me que tinha muito jeito
Que continuasse a fazer
Continua a escrever
Dizia-me esse senhor
Tudo o que te vier à cabeça
Sempre que te apetecer
Como gostava de conversar com ele
Certo dia perguntei-lhe se não estaria a gozar
Continua a pôr no papel
Deixa os outros falar
Se tens coisas a dizer
Não deixes a tua mente parar
Não pares de escrever
Mesmo que seja só a brincar
Descarrega o que sentes
Não terás que te arrepender
Fazes trabalhar a mente
E o cérebro vai fortalecer
Não ligues ao que os outros dizem
Continua a desabafar
Ficaras aliviado
E sem querer os está a ajudar
Luís Pragana
28-10-2008
Quarta-feira, 22 de Outubro de 2008
O PAÍS TEM QUE ESTAR PRIMEIRO
Já todos sabíamos
Mas esta crise económica veio mais uma vez demonstrar
Que os interesses partidários estão primeiro
E os do país estão em segundo lugar
Os lideres dos maiores partidos portugueses
Tinham obrigação de uma solução arranjar
Para ultrapassar o sub-prime
E no povo português realmente pensar
Deviam ter olhado para os nossos vizinhos espanhóis
E aprenderem que mesmo com ideias diferentes
Podem arranjar soluções
Para o país seguir em frente
O cidadão vulgar não é tão burro como os políticos pensam
Sabe distinguir o bem e o mal
Agora com esta crise económica
Juntem-se todos para salvar Portugal
Deixem as querelas demagogas
Tratem de pensar a uma só voz
Porque para chegarmos a este estado
A culpa é só vossa de todos vós
Porque não assumem um pacto de regime
Para os problemas graves resolver
Assumam de vez as vossas diferenças
Tratem das doenças deste pais que o povo vai agradecer
Somos um país pequeno
Outrora tivemos uma grande projecção
Mas a máquina do estado
Não reduziu ao tamanho da nossa dimensão
È pois uma grave doença que afecta esta nação
Os remédios têm sido ineficazes
Consome a maioria da riqueza
E os portugueses continuam miseráveis
Se não estagnarem esta doença
A avidez vai continuar a aumentar
E nem na próxima vida
Este Portugal que amamos irá mudar
Não pode um país de 10 milhões
Produzir riqueza para esta doença tratar
Por uma vez não pensem só nos votos
E tenham coragem de com esta doença acabar
Luís Pragana
22-10-2008
Segunda-feira, 20 de Outubro de 2008
PROCURA-SE
DÃO-SE ALVÍSSARAS
A quem souber de um político sério
Trabalhador bom carácter e incorruptível
Que tenha um projecto para o país
E que se encontre disponível
Deverá ter visão de futuro
Ser integro e inovador
Que coloque o país em primeiro
Não é obrigatório ser doutor
Se tiveres estas qualidades
Ou se conheceres alguém que as possua
Não tenhas medo de arriscar
Porque esta terra também é tua
O povo português está cansado
já não aguenta mais
Estamos fartos de hipócritas e demagogos
Precisamos alguém que não estrague mais
Não tenhas envergonha deste folheto divulgar
Porque alguém o irá encontrar
Será o líder que necessitamos
E as alvíssaras virá reclamar
Luís Pragana
20-10-2008