Quarta-feira, 30 de Janeiro de 2008
O MINISTRO QUE JÁ FOI
Depois de tanto acreditar
Nas reformas que se propôs a fazer na saúde
Não aguentou tanta contestação
E viu que o melhor era desaparecer
Começou a sentir-se mal
E para o 112 ligou
Mandaram-lhe uma VMER
Mas o senhor ministro nem assim se safou
Mas o senhor Eng. solidário com o ministro
Uma forcinha teve de ir dar
E disse-lhe baixinho:
-Toma lá estes patins e põe-te por aí a andar
E o ministro irritado
Os patins lá recebeu
E a resmungar bem alto
Ao meio da noite desapareceu
Encerrou serviços que terão de voltar a abrir
Porque vieram prejudicar os cidadãos
O interior do país não é Lisboa
E as VMER não serão solução
Luís Pragana
30-01-2008
Terça-feira, 29 de Janeiro de 2008
O CORAÇÃO GUARDENSE
Oh terra abençoada
Onde outrora eu fui nascer
Estarás enfeitiçada
Não me consigo desprender
Parece uma maldição
Fiquei contigo entranhado
E o meu pobre coração
Só por ti foi conquistado
Ficaste colada a mim
Não te consigo largar
E por mais longe que vá
Estás-me sempre a minar
Será esta a minha sina
Ou praga por ti lançada
Sinto uma dor contínua
Por ter nascido na Guarda
Torturas os que te amam
Tratas bem quem vem de fora
Mas mesmo sem o carinho
O coração guardense por ti chora
Pragana, Luís
29-01-2008
Segunda-feira, 28 de Janeiro de 2008
A DENUNCIA PÚBLICA
DO BASTONÁRIO
Até que enfim alguém toca nas verdades
Vejam só a confusão
Vão-se começar a zangar as comadres
Será que o bastonário não tem razão?
Qualquer cidadão minimamente informado
Sabe com certeza o que o bastonário estava a dizer
Mas ao tocar num assunto tão delicado
A sua sentença de morte acabou por escrever
Que bom seria se a procuradoria da república
Estas denúncias pudessem investigar
Para que levasse o cidadão comum
Nas instituições democráticas a acreditar
Muitos têm prejudicado o estado
Não passando de uns burlões
Mas como nunca nenhum foi julgado
Agem sim, como patrões
São a doença da democracia
Infectam tudo o que tocam
O estado vai fraquejando
Mas estes vilões não se importam
A cegueira é temporária
Só não vêm porque não querem ver
Sem as falcatruas destes senhores
Já o país se podia mexer
O bastonário dos advogados
É um alvo a abater
Os intocáveis não o irão perdoar
E as burlas jamais irão acabar
Mas todos têm a consciência tranquila
E acabam por ser galardoados
Recebem medalhas do país
Estão todos bem colocados
Luís Pragana
28-01-2008
A SOLIDÃO
Escrever deixa-me cada vez mais isolado
Mas escrevo com prazer
Deixando os amigos de lado
Sinto que os estou a perder
Gosto de estar no silêncio
Oiço o vento ao passar
Desfruto desse momento
Com a esferográfica a falar
Só com o meu pensamento
Estou muito bem assim
Penso que neste momento
Os amigos estão melhor sem mim
Mas eu cá vou escrevendo
Sentindo-me rejuvenescido
Vou descarregando na escrita
Só por isso sinto-me vivo
Por vezes também convivo
Com pessoas de ocasião
Vou assim desabafando
Sacudindo a solidão
Luís Pragana
28-01-2008
Sexta-feira, 25 de Janeiro de 2008
A INFECÇÃO DO VIRUS CORRUTOS
É uma chaga da sociedade
Entranha-se por tudo o que é lado
Corrói nas Autarquias
Nas empresas na Banca e no Estado
No actual momento em que vivemos
Estamos realmente bem servidos
Este vírus começou a apanhar o simples cidadão
Mas depressa chegou aos mais evoluídos
Se não o atalharem agora
O que se acabou de entranhar
Já corrói o BCP
Mas outros acabará por contaminar
Mas os crápulas estão imunes
São eles que o vírus estão a espalhar
Como eles são intocáveis
Só a mixórdia vai infectar
Com tanta merda entranhada
A vacina do anti-virus terá que funcionar
E os crápulas dos off-shores
A justiça os faça pagar
A justiça tem que dar o exemplo
Senão jamais se livrará da erosão
Cortem a cabeça da cúpula
Para dar o exemplo ao cidadão
Dormem de consciência tranquila
Para os amigos ajudar a ganhar
Defraudaram o BCP e os pequenos investidores
E todos aqueles que têm empréstimos para pagar
Luís Pragana
25-01-2008