Assim é a minha terra
A cidade que me tortura
Ferindo os meus sentimentos
Por vezes com certa loucura
Esta loucura Guardense
São momentos bem guardados
Desta paixão louca que tenho pela terra
E de momentos muito amargurados
Só que a nossa paixão já mais se corrompeu
Infelizmente os destinos da nossa terra
Estão a ser tratados por pessoas que não nos dizem nada
Não sentem o que é um guardense
Oh Guarda nao desanimes
Tens muita gente que te quer bem
Mas há os que só se aproveitam de ti
E que te tratam com desdém
Por esta cidade de gente boa
Já passou e continuará a passar
De escritores a doutores e aproveitadores
E os chupadores do costume não passam de uns impostores
Gente boa gente generosa
Gente arrogante e vaidosa
Terras frias e a tremer os dentes
Uma cidade muito orgulhosa
Gente que vi partir quando era novo
E nunca mais os vi voltar
Trabalhando em outras terras que não tinham nada a ver conosco
Alguns lá morreram e outros sofreram grandes desgostos
Oh gente que trabalha na terra
Gente humilde e trabalhadora,sabichões
Escultores, comentadores e jornalistas
Doutores, comilões e outros aldrabões
Terra Republicana de António José de Almeida
Presidente da República
Gente de letras e gente de artes
Que tem espelhado o nome da Guarda por todas as partes
Esta gente beirã
Que passa longos invernos cheios de frio
Pode andar por todo o mundo
Mas no final ser enterrado na sua terra é um desafio
Isto está nos no sangue
O guardense é uma pessoa especial
Pode andar metade da sua vida lá fora
Mas morrer só em Portugal
Luís Pragana
08/04/2010